Paço de Pombeiro
Paço de Pombeiro
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Paço de Pombeiro

Felgueiras; Paço de Pombeiro, Visitar, Viver, Imperdíveis

Descrição

O Paço de Pombeiro é um solar do início do século XVII que ainda conserva a sua traça seiscentista e o aspeto austero de uma construção deste período.

Na génese desta construção terá estado uma torre medieval, da segunda metade do século XII. Esta torre terá sido parcialmente demolida e a pedra reutilizada no edifício com a nova configuração que vemos hoje.

A sua localização na proximidade do Mosteiro de Pombeiro, junto a velha via romana que passa na Rua do Burgo, promoveu a sua relevância histórica nesta região.

A sua narrativa histórica cruza-se com a história do próprio cenóbio, já que a sua construção se deve D. João de Melo Sampaio, bisneto de D. João de Melo abade comendatário de Pombeiro no início do século XVI.

Classificado como Monumento de Interesse Público desde 14 de maio de 2013 (Portaria n.º 289/2013, DR, 2.ª série, n.º 92, de 14-05-2013).

Paço de Pombeiro, em Pombeiro, possui uma localização excecional nas proximidades do Mosteiro de Pombeiro, marcando o início da Rua do Burgo.

O Paço tal e qual o vemos hoje terá resultado da demolição de uma antiga torre medieval ali existente em finais do século XII. Segundo alguns autores, no sitio onde atualmente se ergue o Paço terá existido uma torre medieval, contudo não há certezas sobre a data e a quem se deve a sua construção, não se deslumbrando qualquer vestígio desta primitiva construção.

A referência documental mais antiga alusiva à existência da torre neste local e, que terá dado origem ao Paço, data de 1163, segundo o qual a torre teria sido mandada edificar por Reimão Pais de Riba-Vizela (Gomes 1996: 142).

Um treslado do século XVIII de um documento de finais da década seguinte, 1179, referente à doação de várias propriedades em testamento de D. Gonçalo Mendes de Sousa e sua mulher D. Urraca Sanches, atesta a existência de uma torre em Pombeiro, no entanto não é explicito em que local de Pombeiro se encontra.  Entre o extenso rol de doações que contempla mosteiros e igrejas de Felgueiras e outros concelhos, refere que a torre que edificaram em Pombeiro é deixada para aí fazerem um hospício e albergaria para os peregrinos que aí passavam a caminho de Santiago (Fernandes 1989: 190).

  1. Gonçalo Mendes de Sousa, segundo Felgueiras Gaio, é bisneto de D. Gomes Echigues que terá fundado o Mosteiro de Pombeiro em 1059 (Gaio 1941: 15-16), tendo grandes afinidades com o dito Mosteiro do qual seria padroeiro.

A transformação da torre em hospício e albergaria para os peregrinos de Santiago, pressupõe que a sua localização ladeasse a importante via de génese romana que atravessa Pombeiro, desde o Mosteiro até a Ponte do Arco passando pela Rua do Burgo. Esta, terá sido uma das principais vias utilizadas pelos peregrinos durante a Idade Média.

O Paço atual apresenta planta em L, de três pisos, em granito aparente e fachadas ameadas. A sua implantação numa plataforma desnivelada em relação a Rua do Burgo denuncia a existência de dois falsos pisos que só são vivíveis no interior da propriedade. A entrada ao piso superior faz-se a partir de uma escadaria com patim em granito voltada a oeste, paralela a Rua do Burgo.

Os alçados são rasgados por vãos de verga reta e arestas biseladas, fechados por janelas em guilhotina, sendo ocasionalmente interrompidas por janelas de sacada de verga reta. O topo das fachadas possui uma cornija saliente em granito de onde saem gárgulas em forma de canhão, sendo a cornija coroada com ameias.

O acesso ao interior da propriedade a partir da Rua do Burgo é realizado por um pequeno portal ameado.

Nos alçados voltados a noroeste e sudeste, junto a Rua do Burgo, possui dois brasões com o escudo dos Melos, denunciando os seus reais proprietários e obreiros.

A transformação da antiga torre no Paço deve-se a um membro desta importante família, os Melos. Por volta de 1610 D. João de Melo Sampaio, bisneto de D. João de Melo abade comendatário de Pombeiro, terá demolido parte da torre para com a pedra fazer uma grande sala junto dela. De 1964 a 1967, D. Júlia Henriqueta de Melo Sampaio, senhora do Paço, e seu marido levaram a cabo um amplo programa de restauro que manteve a traça do edifício (Nóbrega 1997: 203) do início do século XVII.

Bibliografia
Fernandes, Antonino M. (1989) Felgueiras de ontem e de hoje – Felgueiras: Câmara Municipal de Felgueiras

Gomes, Paulino; Pinto, Ricardo; Arruela, Maria João; Rilley, Cristina (1996) Felgueiras: tradição com futuro. Paços de Ferreira, Anegia editores

Galeria

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