Villa Romana de Sendim
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Villa Romana de Sendim

Felgueiras; Villa Romana de Sendim, Visitar, Imperdíveis

Descrição

Na freguesia de Sendim, num pequeno esporão a meia encosta no sopé do Monte do Crasto, foram detetados os alicerces de uma construção de época romana. Tendo sido descoberta em 1992, os trabalhos de escavação arqueológica sistemática iniciaram-se em 1997, por iniciativa da Câmara Municipal de Felgueiras, continuando até aos dias de hoje.

Construída, tal como a vemos, nos finais do século III e inícios do século IV, resulta da transformação de uma casa edificada entre os meados do séc. I e os inícios do séc. II, tendo sido ininterruptamente habitada até aos meados do séc. VI, podendo ainda parte das suas ruínas ter sido ocupada nos alvores do século VII.

A casa era estruturada à volta de um peristilo porticado, com longos corredores e várias salas, quartos e outros compartimentos pavimentados com mosaicos polícromos de motivos geométricos. Nas grandes obras de remodelação e ampliação que a villa sofreu nos finais do séc. III, inícios do século IV, foram-lhe acrescentadas umas termas maiores, em substituição das primitivas de que apenas restou parte do laconicum.

O espólio exumado nas escavações arqueológicas é muito variado, sendo constituído por milhares de fragmentos de cerâmicas comuns, cerâmicas de luxo importadas (terra sigillata hispânica, terra sigillata hispânica tardia e foceense), vidros, objetos em metal, moedas de bronze. Algumas destas peças, após cuidadoso restauro, fazem parte do acervo museológico que está exposto no Centro de Interpretação que dá apoio às ruínas.

A Villa Romana de Sendim está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 31 de dezembro de 1997.

Quando os romanos pacificaram e ocuparam o Noroeste da Península Ibérica, na sequência das campanhas de Augusto em 27 a.C., encontraram as populações indígenas instaladas em povoados fortificados no alto de montes estrategicamente escolhidos (castros), dominando vias naturais de comunicação e territórios de alto potencial económico, quer na perspetiva do aproveitamento dos metais fundamentais para a época, como o estanho, o ouro e a prata, quer sob o ponto de vista agro-silvo-pastoril.

Em Sendim (Felgueiras), no alto do lugar do Crasto, situava-se um destes povoados, habitado desde o séc. V a.C., num local que controlava a passagem natural entre os vales dos rios Vizela e Tâmega, e uma região extremamente rica em estanho.

Dominando o vale dos rios Ferro e Bugio, a caminho do Vizela, a importância deste local foi desde logo compreendida pelos romanos que aí se instalaram nos inícios do século I, passando nas últimas décadas do século a explorar este vale através da instalação de uma unidade agrícola do tipo villa.

Esta casa, a partir dos finais do século III, inícios do séc. IV, reflete o status social do senhor, que aí se rodeia de todos os confortos a que está habituado na sua casa da cidade onde normalmente habita, provavelmente Bracara Augusta.

Os vestígios dos alicerces desta grande casa foram encontrados num esporão situado na base do monte onde se situava o antigo castro. As escavações arqueológicas mostram-nos uma planta estruturada em torno de um espaço central a céu aberto – o peristilo, ou jardim interior – porticado com colunas, em frente ao qual se abria o triclinium que era pavimentado a mosaico e do qual ainda hoje subsistem vestígios. Dois grandes corredores ladeavam o peristilo e para eles abriam as alae, os quartos (cubicula) – onde dormiam os residentes – além de outros compartimentos como a cozinha e as despensas.

Nos finais do século III e nos inícios do século IV ocorreram grandes remodelações arquitetónicas, tendo a casa sido ampliada e acrescentadas umas termas atrás do triclinium, das quais subsiste o hipocausto. Junto às termas, existia ainda um grande tanque, que terá servido como piscina de água fria ou então apenas como espelho de água e aquário de peixes.

A casa foi pavimentada com mosaicos, dos quais se destaca o do quarto do dominus, um belo mosaico polícromo com decoração geométrica.

Nas escavações arqueológicas apareceram milhares de fragmentos cerâmicos, provenientes das louças comuns de utilização diária e das cerâmicas de luxo utilizadas à mesa, vidros, recipientes metálicos, moedas de bronze e utensílios agrícolas em ferro.

Os dados recolhidos até agora, permitem apontar a instalação de uma casa romana na segunda metade do século I, provavelmente durante a época Flaviana (anos 70-80), desenvolvendo-se a villa entre os finais do século III e os inícios do IV.

Em meados do século V, em plena ocupação Suévia, a casa sofre obras de adaptação, perdurando a sua ocupação ainda durante o século VI, após o que vai sendo progressivamente abandonada, acabando destruída por um violento incêndio.

Bibliografia
Texto – Dr. José Marcelo Mendes Pinto
Pinto, José Marcelo Mendes (2008) Villa Romana de Sendim: roteiro e exposição permanente. 1ª ed. – Felgueiras: Câmara Municipal

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