Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro
Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro
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Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro

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Descrição

O Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro foi um dos mais importantes mosteiros beneditinos do Entre-Douro-e-Minho do século XII até à extinção das ordens religiosas em 1834 e, que ainda hoje encerra um grande legado da sua história.

Fundado na segunda metade do século XI, o cenóbio e a igreja, possuem ainda hoje as marcas dos vários períodos que atravessou: elementos de época românica (absidíolos, portal ocidental, rosácea) de finais do século XII e XIII; a intensa recuperação e reedificação de época moderna após a ruína e declínio do mosteiro do século XIV ao século XVI (claustro, talha, pinturas, etc.); a destruição perpetrada pelas tropas de Loison nas invasões Francesas (1809) onde o mosteiro foi praticamente destruído tendo-se preservado a igreja marcadamente setecentista; as marcas de reedificação e reconstrução iniciadas após as invasões Francesas e que não foram concluídas devido à extinção das ordens religiosas em 1834.

O espaço sacro deste cenóbio na Idade Moderna abarca toda a alameda que se desenvolve desde a igreja até às imediações do cemitério, onde um cruzeiro marca o seu limite.

Conhecido pelo cruzeiro do Couto de Pombeiro ou Passal enquadra-se na tipologia de cruzeiros paroquiais que, tinham por finalidade assinalar os limites físicos da paróquia, sendo um dos importantes símbolos de jurisdição paroquial.

Constituindo um dos mais antigos cruzeiros do concelho, provavelmente da primeira metade do século XVII, ainda hoje mantém a sua função, assinalando o início da alameda sacralizada, conjuntamente com a Fonte de Santa Bárbara e as Capelas do Senhor, de acesso ao Mosteiro de Pombeiro.

O Mosteiro está classificado como Monumento Nacional desde 16 de julho de 1910 (Decreto-Lei de 16 de Junho de 1910).

O Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro foi edificado num pequeno alvéolo em terras fundas e bem drenadas, o que as torna ideais para o cultivo cerealífero durante todo o ano, muito próximas de duas importantes linhas de águas, rio Vizela e a Ribeira de Vila Meã, e nas proximidades da velha via romana, que garantia a circulação de bens e pessoas entre Guimarães, Amarante e Trás-os-Montes (Pinto 2011: p.29), criando assim as condições ideais para o seu desenvolvimento.

Sujeito a profundas intervenções de restauro/requalificação/recuperação, entre finais do século XX e a primeira década deste, as quais originaram diversas campanhas de escavações arqueológicas que permitiram conhecer melhor a sua evolução e o desenvolvimento da vida monástica ao longo dos séculos até aos dias de hoje.

A mais antiga referência ao Mosteiro de Pombeiro data de 1099, pelo que o início da sua edificação será seguramente da segunda metade do século XI (Pinto 2011: p.36; Rosas 2008: p.283).

O seu padroado é dividido inicialmente por duas famílias, os Celanova e os Sousa, sendo que os Celanova cedo prescindem dos seus direitos. Graças às doações feitas pelas famílias que detinham o padroado, de nobres e simples leigos, o cenóbio vai crescendo à medida que os seus proventos e notoriedade crescem (Pinto 2011: pp.37-39).

No último quartel do século XII, no abadiciado de D. Gonçalo, deu-se início a construção do templo românico que terá substituído o templo primitivo na segunda metade do século XI. Da traça original do imponente Mosteiro de Pombeiro desta época sobressai, ainda hoje, a majestosa igreja de três naves e três tramos, falso transepto, torre lanterna e capela-mor tripartida, de onde ainda restam os dois absidíolos laterias (tendo a abside sido destruída no século XVIII). Exteriormente ainda são visíveis uma cornija com arcos, assentes sobre cachorros e colunas, que remata as paredes dos absidíolos laterias e parte do tramo reto da capela-mor (Pinto 2011: pp. 179-180).

Em finais do século XII ou no início do século XIII deu-se início a construção do mosteiro propriamente dito, sendo adossado a parede sul da igreja uma sala do capítulo, uma pequena sacristia, o dormitório e a sala dos monges. Todas estas construções são estruturadas em volta de um claustro, de dimensões mais reduzidas do que observamos hoje, mas que mantém a morfologia do atual claustro (Pinto 2011: p. 181).

Deste período também subsiste o magnífico portal ocidental e a rosácea que o encima (Rosas 2008: p.295), sendo que esta última já não se encontra no seu local original. Nos finais do século XIII, no abadiciado de D. Rodrigo, é construída a galilé, provavelmente ameada. Para além das referências documentais sobre esta construção foram identificadas partes desta estrutura durante as escavações arqueológicas que se realizaram em frente ao portal ocidental (Pinto 2011: p. 181).

O Mosteiro entra em declínio a partir da segunda metade do século XIV entrando em completa ruína no século XVI, Frei Leão S. Tomás refere que de toda a fábrica do mosteiro só a igreja está de pé, o que corrobora que nos capítulos de visita de 1578 seja registado que os monges viviam em casas térreas cobertas por palha e longe da igreja (Pinto 2011: p. 42).

O programa de reedificação do mosteiro acontece a partir de 1588, sendo deste período, finais do século XVI, a construção das duas torres que atualmente ladeiam o portal ocidental. O claustro é demolido em meados do século XVII, começando as obras de reconstrução, obras que se terão prolongado até ao século XVIII. As obras do século XVIII são aquelas que estão mais bem documentadas, entre as quais destacamos: a instalação do chafariz em 1702, mudou-se o tímpano com a rosácea para a face das torres em 1719, demoliu-se a abside românica da capela-mor no triénio 1722-1725 e entre 1770 e 1780 Frei José António Vilaça reveste a igreja  com a magnífica talha que hoje deslumbramos (Pinto 2011: pp. 43-45).

No início do século XIX o mosteiro sofre outro revés, aquando da 2ª invasão Francesa sob o comando de Soult. A 13 de maio de 1809 a divisão de Loison na sua retirada para Guimarães ateou fogo ao mosteiro provocando danos irreparáveis no mosteiro, onde apenas se salvaram a igreja, as casas do forno e boiaria. A ruína total do mosteiro e da igreja só foi evitada graças à população, que fora convocada pelo Frei Tomé de Santo António Queiroz, e que após a retirada dos franceses, acorreram ao mosteiro descendo do monte de Valmelhorado em direção ao cenóbio, e cortaram as ligações do telhado com a igreja. Passados uns dias acabaram por cair parte das arcadas do claustro (Coutinho 2011: pp. 136-137).

De 1810 e 1822 é novamente encetada a reedificação do mosteiro, obras que ficaram por concluir já que em 1834 se dá a extinção das ordens religiosas e o mosteiro entra novamente em declínio, sendo desmembrado e vendido a particulares (Pinto 2011: pp. 48-49).

Para além da magnífica talha do Frei José António Vilaça referida anteriormente, hoje, ainda podemos admirar a pintura do século XVI nos absidíolos laterias, que retratam a vida de S. Brás, São Mauro e São Plácido. Num arco desentaipado na nave sul também se deslumbram barras decorativas pintadas. A presença de duas arcas funerárias armoriadas no interior do templo, outrora estariam colocadas na galilé que seria o panteão da nobreza do Entre-Douro-e-Minho (Rosas 2008: pp.293-294, 296).

É de assinalar também os vestígios arqueológicos detetados que indicam a fundição artesanal de sinos desde época Medieval até a época Moderna. Os quatro fossos de fundição identificados, um por baixo do coro alto e três no mosteiro propriamente dito, documentam a fundição artesanal de sinos desde o século XII-XIII até à Idade Moderna. A fundição de sinos, segundo as fontes documentais, não se terá cingido a produção de sinos para o mosteiro, tendo sido fundidos dois sinos para a Igreja de Jugueiros nos triénios 1798-1801 e 1804-1807 (Cortés 2008: 131-142).

Bibliografia

Rosas, Lúcia Maria Cardoso; Rocha, M. J. M.; Santos, D. G; Barros, M. S. (2008) Rota do Românico do Vale do Sousa. Lousada: VALSOUSA.
Pinto, Marcelo Mendes (2011) Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro: Arqueologia. Felgueiras: Câmara Municipal.
Coutinho, Isabel Pereira (2011) Notícias das Guerras Napoleónicas – Dietário do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro 1807-1816 Deriva, Porto.
Cortés, Ricardo Erasun (2008) A fundição de sinos no Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. Oppidum, Número Especial. Lousada: Câmara Municipal.

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