Igreja do Salvador do Unhão
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Descrição

Excelente testemunho do românico nacional, a Igreja do Salvador do Unhão, destaca-se pela cronografia que encerra e preserva na sua estrutura.

Das vivências iniciais desta igreja podemos testemunhar o início do culto através da inscrição de dedicação, celebrada pelo arcebispo de Braga D. João Peculiar em 28 de janeiro de 1165, e identificar o mestre de obra, Magister Sisaldis.

O portal ocidental, do século XIII, celebra a beleza da escultura românica com os seus capitéis com decoração vegetalista.

Ainda no exterior são perfeitamente identificáveis as remodelações operadas em época moderna, onde as novas construções alteram profundamente a morfologia do edifício medieval, apesar de muitas delas conviverem lado a lado até hoje, como é o caso da cachorrada e as frestas que convivem com as janelas retangulares de época moderna.

No interior vivenciamos as marcas ditadas pelas novas exigências litúrgicas preconizadas na reforma tridentina, mais iluminado, com retábulos em talha de estilo nacional, púlpito singular e a singular imagem de Nossa Senhora do Leite em calcário policromado.

Esta igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 5 de janeiro de 1950.

São Salvador do Unhão localiza-se no lugar da igreja numa pendente de declive suave próxima da zona de vale, sendo considerada um dos mais belos testemunhos do românico da região.

A epigrafe gravada na parede sul da nave, junto ao cunhal com a fachada ocidental, faz-nos supor a existência de um templo do século XII, no entanto não são visíveis elementos arquitetónicos desse primitivo templo. A inscrição comemorativa da dedicação da igreja data de 28 de janeiro de 1165, sendo dedicada a D. João Peculiar que foi arcebispo de Braga entre 1138 e 1175. Esta mesma inscrição encerra outro dado relevante e raro no românico nacional, o nome do mestre de obra: Magister Sisaldis. A existência de uma série de siglas gravadas em diversos cilhares, S de grandes dimensões, apoiam a que a obra inicial seja da autoria do Mestre Sisaldis (Rosas 2008: 335-336).

As fontes documentais são omissas quanto a construção do primitivo templo do século XII. As primeiras referências a esta igreja surgem em 1220, nas inquirições de Afonso II, onde se menciona que o rei não é o patrono da mesma.

Tendo em conta as fontes documentais e as características arquitetónicas do edificado que podemos visualizar nos dias de hoje, não se poderá deixar de lado a hipótese da parede sul da nave fazer parte do templo primitivo do século XII, a qual terá sido reaproveitada na construção do século XIII. Por outro lado, as remodelações operadas no século XVII e XVIII impossibilitam uma leitura adequada de todo o programa construtivo, pelo que ficará por esclarecer se a reformulação do século XIII apenas contemplou a construção do portal ocidental ou se essas reformulações foram mais profundas em todo o edificado (Rosas 2008: 337).

Desta construção do século XIII restam a nave, o portal ocidental, as frestas, os cachorros e os capitéis do arco triunfal. De nave única e planta longitudinal, este edifício demonstra que a capela-mor é de uma fase distinta da construção medieval (Rosas 2008: 337).

O portal está inserido em estrutura pentagonal saliente à fachada, sendo composto por quatro arquivoltas de arco de volta perfeita assentes sobre colunas prismáticas e circulares com capiteis e bases adornadas, decoradas com motivos geométricos, vegetalistas e em forma de moldura de enxaquetados no exterior. No centro, o tímpano, é preenchido com a característica cruz vazada de tradição bracarense, sendo muito idêntico ao tímpano da entrada sul da Sé de Braga. Esta solução do portal verifica-se em outras igrejas do concelho, Santa Maria de Airães e São Vicente do Sousa (Rosas 2008: 338-340).

Esta construção do século XIII é profundamente alterada durante a época Moderna (fundamentalmente no século XVII e XVIII) com a reconstrução da capela-mor, construção da torre sineira, o alteamento das paredes laterais, abertura de novos vãos de janelas, a Via Sacra que rodeia o templo, construção da sacristia, talha, azulejos, pintura e púlpito (Rosas 2008: 341).

Os elementos que mais impacto tiveram na morfologia do edifício medieval durante este período é a construção da torre sineira adossada ao portal ocidental, a construção da sacristia e a reconstrução da capela-mor, não sendo também de deixar evidenciar o novo remate do frontispício da igreja, com dois pináculos e uma cruz central (Rosas 2008: 341-343).

No interior destacam-se a talha nos retábulos da capela-mor e na nave, a colocação de azulejos padrão nas paredes laterias da capela-mor e o fantástico púlpito de inícios do século XVIII (Rosas 2008: 343-344).

Bibliografia

Rosas, Lúcia Maria Cardoso; Rocha, M. J. M.; Santos, D. G; Barros, M. S. (2008) Rota do Românico do Vale do Sousa. Lousada: VALSOUSA.

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