Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais
Aldeia de Codeçais

Aldeia de Codeçais

Felgueiras, Codeçais, Imperdíveis, Viver, Visitar

Descrição

Codeçais é uma aldeia rural classificada como Aldeia de Portugal que ainda hoje ostenta as marcas da sua principal vocação, a agricultura.

O edificado que possui retrata a morfologia das casas agrícolas desde o século XVIII até aos dias de hoje, não obstante a que a génese da aldeia seja do século XVI, pelo menos.

A paisagem, ainda hoje marcadamente rural, envolve o aglomerado da aldeia num verde imenso dos campos agrícolas e da floresta que a rodeia.

Para além das casas rurais, espigueiros, sequeiro e eira, a aldeia é marcada por duas construções ligadas a uma personalidade ímpar do concelho de Felgueiras, o Dr. Luís Gonzaga de Fonseca Moreira, que aqui terá nascido e edificado a soberba Casa do Castelo.

Ler mais

Codeçais é uma aldeia rural típica desta região, onde as construções ocupam uma pequena elevação infértil, com muitos afloramentos graníticos á superfície, libertando as terras férteis e bem irrigadas para a agricultura.

A génese da Aldeia de Codeçais remonta, pelo menos, ao século XVI onde num assento de óbito de 1591 se refere que Baltazar de Codesais (sic) faleceu a seis de outubro (PT-ADPRT-PRQ-PFLG24-003-0001_m00714).

Cerca de um século mais tarde, em 1689, a aldeia já se afigura como um lugar da freguesia de Sendim, como “Logar de Codeçaes” (sic) (Costa 1953: 122).

O aglomerado de casas que se desenvolve ao longo da artéria estreita da aldeia patenteiam o edificado do século XVIII, não obstante de algumas destas casas apresentarem sinais evidentes de terem sido reedificadas por cima de outras construções mais antigas.

O edificado atual caracteriza bem a evolução da aldeia setecentista até meados finais do século XX.

Codeçais no século XVIII estaria estruturada em volta de quatro quintas com vocação agrícola – Quinta do Ribeiro; Quinta da Casinha ou Calçada; Casa do Meio (antiga quinta) e Quinta do Eido. Do ponto de vista arquitetónico são casas sobradadas de cariz rural com planta retangular, tendo um dos alçados do piso térreo integrada no solo (o designado falso piso), sendo complementadas com uma série de outras construções em sua volta. Estas construções, anexos, assumem funcionalidades variadas, estando todas elas voltadas para o pátio, quinteiro ou eido central (o exido da documentação medieval). O portal carral ou fronho, por vezes sobradado, de entrada para o eido, está na maioria das vezes integrado nos muros de limite deste, possuindo uma pequena cobertura de duas águas ou simplesmente lintel.

Nos registos das almotaçarias de Felgueiras do século XVIII percebe-se que as “gentes” de Codeçais possuíam aqui vários moinhos, cerca de uma dezena, sendo usual as multas por não terem gato ou ratoeira montada no interior do moinho, encontrarem buracos no colmo das coberturas ou por falta de aferimento. Estes engenhos terão sido desmantelados aquando da construção do canal para a fábrica de eletricidade de Jordão Costa no primeiro quartel do século.

De finais do século XVIII-início do Século XIX é a Quinta do Meio ou Calçada, sendo uma construção mais cuidada e com elementos que nos indicam uma condição económica e social do seu proprietário, nomeadamente a qualidade da construção e a edificação da capela. A capela apesar de ser privada prestava o sacramento da eucaristia à população da aldeia. Desconhecemos qual o seu orago, sabemos apenas que foi administrada eucaristia até o primeiro quartel do século XX, altura em que o seu interior foi desmantelado e transformada a capela na casa do lagar.

A personalidade que lhe terá dado prestígio foi o Dr. Luís Gonzaga de Fonseca Moreira, já que terá sido nela que o mesmo nasceu. Ainda hoje é muitas das vezes designada pela população local como casa do menino Luís.

Em finais do século XIX-início do XX, o aumento demográfico originou o desmembramento das quintas setecentistas, sendo divididas as grandes casas rurais agrícolas pelos vários herdeiros, originando assim a forte divisão de propriedade e do edificado, que se terá mantido até os dias de hoje.

No início do século XX, o aumento demográfico generalizado na aldeia e povoações limítrofes, originou a criação de uma escola primária na aldeia, hoje desativada e transformada em habitação unifamiliar.

Também será deste período a imponente Casa do Castelo, propriedade do Dr. Luís Gonzaga de Fonseca Moreira, construída sobre um grande bloco de granito e com um pequeno volume quadrangular mais alto que lhe confere o especto de torre, dando-lhe destaque na aldeia.

Os poucos elementos vernaculares de apoio a agricultura cerealífera que subsistem, talvez de finais do século XIX-início do século XX, são um sequeiro e dois espigueiros. O espigueiro da Casa do Castelo é o mais bem preservado constituindo-se como uma pequena construção de planta retangular, feito em pedra e madeira, com as paredes ripadas (ripas em madeira) para arejamento da câmara. A base assenta sobre seis pilares em granito chanfrados, dispostos aos pares e “incrustados” no afloramento rochoso, sendo estes últimos encimados por mesas compridas, biseladas nas extremidades, que impedem a entrada dos roedores. Sabemos também, que o extenso olival que Codeçais possuía no século XX era importante para a economia familiar das gentes desta aldeia, onde as memórias do transporte da azeitona para os lagares de azeite da Casa de Posmil (Sendim) e da Aldeia de Ortezede (Fafe), estão bem presentes na população local.

Bibliografia

Costa, Mário Alberto Nunes (1953) O promptuário das terras de Portugal: Manuscrito seiscentista de Ribeiro Meirelles, Lisboa: Bertrand

Galeria

Formulário de contacto

    O seu nome (obrigatório)
    O seu Email (obrigatório)
    Assunto
    A sua mensagem