Já conhece as Barrias de Jugueiros?

Já conhece as Barrias de Jugueiros?

Jugueiros é um hino à natureza, em face da atratividade e pureza do património ambiental, da biodiversidade e do valor histórico e cultural que harmoniosamente integra.

Nas Barrias, o rio Bugio cai abruptamente em cascata natural, para depois repousar em belas represas naturais, no seio de um cenário verde e intenso, seguindo depois o seu curso. É um espaço de beleza rara, romântico, de saúde e bem estar, ideal para passear.

As Barrias inserem-se num vale delimitado pelos montes de Santa Quitéria e de S. Domingos, a poente, e os contrafortes da serra de Sabagudo, a nascente, e encaixam um vale que se estende até ao rio Bugio, a norte. Na época romana todo o vale fazia parte do fundus romano, sendo usual estes limites serem definidos pela linha de cumeada dos montes. Apesar de subsistirem dúvidas sobre se esta delimitação seria feita no rio Bugio ou se, pelo contrário, o seu território se prolongaria ainda mais abaixo, fazendo-se pelo rio Ferro, afluente do Vizela.

Para além da inequívoca exploração do território em período romano, podemos inferir que os indígenas que habitaram o Castro de Sendim, entre o século VII a.C. e o início do século I d.C., pelo menos, já exploravam este vale na sua totalidade.

Na proximidade do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, do qual foi seu padroado, Jugueiros é a única freguesia com duas belas pontes de época medieval, a de Travassós e a de S. João, sendo a primeira de acesso à pequena povoação de Travassós e a segunda de passagem para Serzedo (Guimarães).

Para além da antropomorfização antiga deste território, a presença de uma intrínseca teia de levadas e das mais de seis dezenas de estruturas de moagem torna Jugueiros única em todo o concelho, sendo evidentes as suas feições marcadamente agrícolas que terão beneficiado dos rios Ferro e Bugio que se unem já no final da freguesia e dão origem ao rio Vizela. Podemos, assim, concluir sobre uma ocupação/exploração continua do território, pelo menos desde a proto-história, onde Jugueiros será detentor dos mais bem preservados elementos patrimoniais ligados à rede viária (duas pontes e vias), a indústria moageira (moinhos) e arquitetura (casas rurais setecentistas e casas de brasileiro).

Mantem-se preservada a vegetação autóctone presente no local, tal como Plátanos, Choupos, Amieiros, Salgueiros e toda a vegetação ripícola que se encontra nas levadas que acompanham o percurso. Ao longo do percurso podemos encontrar diversas sensações térmicas, onde a vegetação se comporta como o elemento que permite a diversificação de pontos de luz e sombra.

Podemos encontrar paisagens naturais, paisagens culturais e, na sua maioria, paisagens dinâmicas onde elementos como a água, a fauna e a vegetação que se interligam.

Para além de ser um ativo ambiental, paisagístico e arqueológico com forte potencial, só por si, tem uma forte integração/complementaridade com rotas importantes, salientando-se as do Românico e dos caminhos de Santiago; património arqueológico como a Cimalha e a Villa Romana de Sendim; as Aldeias de Portugal do Burgo e de Codeçais; os Percursos Pedestres de Vila Fria/Pombeiro; Santa Quitéria e o centro histórico de Felgueiras.

A Câmara Municipal de Felgueiras tem em curso um projeto turístico ambicioso para preservar, valorizar e potenciar esta pérola da natureza, que permitirá garantir o seu desenvolvimento sustentável.

Hoje, Dia Mundial da Conservação da Natureza, aproveite para contemplar este singular ativo natural!

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